ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE AGROECOLOGIA
GT Educação em
Agroecologia
Núcleo de
Agroecologia e Campesinato
Universidade
Federal Rural de Pernambuco
Apresentação
O
I Seminário Nacional de Educação em
Agroecologia transcorre o momento em que a temática da Agroecologia ganha
considerável expressão nos espaços educativos da sociedade e das esferas do
estado: na comunidade científica, no parlamento, no governo e nas instituições
de ensino. Exemplos disso são:
- a consolidação da Revista Brasileira de Agroecologia, com oito anos de existência,
- o congresso da Associação Brasileira de Agroecologia, que já está na sua 8a edição,
- os inúmeros eventos estaduais e internacionais de Agroecologia que se multiplicam a cada ano,
- o Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, que elegeu a Agroecologia como prioridade,
- o Seminário da Frente Parlamentar de Agroecologia e Sistemas Orgânicos de Produção no Congresso Nacional,
- o debate sobre a Política e o Plano Nacional de Agroecologia e Agricultura Orgânica nas instâncias do governo,
- a crescente criação de disciplinas, núcleos, cursos profissionalizantes, bacharelados e pós-graduações de Agroecologia em diversas instituições de ensino.
Não
obstante a atualidade, a relevância e a inserção crescentes da temática
agroecológica, seus desdobramentos sinalizam para a necessidade e, ao mesmo
tempo, evidenciam o potencial para a criação (re)articulada de novos espaços
educativos, concepções, estruturas, posturas e compromissos das instituições e
dos profissionais que atuam na extensão, pesquisa e ensino.
No âmbito da educação formal ainda não
tivemos nenhuma iniciativa que de fato se ocupasse de abordar e tratar de forma
ampla, articulada, participativa e sistematizada naquilo que vem sendo
denominando de educação em Agroecologia.
Ademais, surgem várias questões: Quais seriam as interfaces dessa
“educação agroecológica” com a educação mesma? Estaria a educação agroecológica
mais inspirada nas teorias tradicionais ou nas teorias críticas da educação?
Estaria a educação agroecológica mais afinada com a simplificação e a
fragmentação do conhecimento ou estaria mais próxima ao pensamento complexo e
as abordagens inter e transdisciplinares? Estariam os professores dispostos a
adotar e assumir posturas e atitudes inter e transdisciplinares em suas
práticas pedagógicas? Estaria a educação agroecológica mais comprometida com a
concepção de ciência que defende que o único conhecimento válido é o científico
ou estaria mais aliada a uma concepção plural metodológica e epistemológica que
defende a religação dos saberes, inclusive o diálogo com os saberes
populares? Os currículos e os processos
formativos estariam mais interessados em formar profissionais para o mercado ou
para a autonomia? Existiriam especificidades nos fundamentos e metodologias da
educação em Agroecologia? Quais as possíveis semelhanças e diferenças do ponto
de vista didático-pedagógico com outras concepções de educação como a educação
popular, a educação do campo, as escolas famílias agrícolas, etc? Quais são as
condições, quais são as possibilidades e quais são os limites para uma educação
genuinamente agroecológica? Por fim, qual de fato seria/ão o/s objeto/s da
educação em Agroecologia?
Essas são questões que merecem a nossa atenção e que precisam começar a ser pensadas, compreendidas, apropriadas, compartilhadas, relacionadas e respondidas a partir deste primeiro seminário, de modo a subsidiar a construção de uma educação de base agroecológica, cujos princípios e diretrizes deverão brotar das experiências concretas e dos debates entre aqueles que estão envolvidos e interessados nessa temática. Isso resultará, por certo, num rico mosaico de interpretações, noções, visões e, sobretudo práticas distintas, do que venha a ser a educação agroecológica. O que implica, por um lado, reconhecer, antes de tudo, o nosso incipiente acúmulo teórico sobre as questões que vem balizando o debate contemporâneo no campo específico da educação, em suas diferentes nuances. E, por outro lado, nos impõe um desafio maior ainda se postulamos inaugurar o titulo de Educação em Agroecologia em bases teóricas consistentes. Nesse aspecto, um alargamento do debate com outros campos do conhecimento é condição sine qua non para chegarmos a um bom termo em nossas reflexões.
Assim, convidamos alguns educadores e educadoras que transitam nas áreas da filosofia, das ciências sociais, da pedagogia, da agronomia e que têm uma larga experiência em educação formal para dialogarem conosco durante esses três dias de seminário. Não menos importante será a contribuição dos representantes dos movimentos sociais e organizações não governamentais no debate acerca do profissional a ser formado e das demandas da sociedade. Para tal, pensamos o seminário em diferentes momentos, como uma conferência, mesas redondas, grupos de trabalho, rodas de diálogo e plenária final.
A presente convocatória tem por objetivo apresentar a programação definitiva do seminário.
Essas são questões que merecem a nossa atenção e que precisam começar a ser pensadas, compreendidas, apropriadas, compartilhadas, relacionadas e respondidas a partir deste primeiro seminário, de modo a subsidiar a construção de uma educação de base agroecológica, cujos princípios e diretrizes deverão brotar das experiências concretas e dos debates entre aqueles que estão envolvidos e interessados nessa temática. Isso resultará, por certo, num rico mosaico de interpretações, noções, visões e, sobretudo práticas distintas, do que venha a ser a educação agroecológica. O que implica, por um lado, reconhecer, antes de tudo, o nosso incipiente acúmulo teórico sobre as questões que vem balizando o debate contemporâneo no campo específico da educação, em suas diferentes nuances. E, por outro lado, nos impõe um desafio maior ainda se postulamos inaugurar o titulo de Educação em Agroecologia em bases teóricas consistentes. Nesse aspecto, um alargamento do debate com outros campos do conhecimento é condição sine qua non para chegarmos a um bom termo em nossas reflexões.
Assim, convidamos alguns educadores e educadoras que transitam nas áreas da filosofia, das ciências sociais, da pedagogia, da agronomia e que têm uma larga experiência em educação formal para dialogarem conosco durante esses três dias de seminário. Não menos importante será a contribuição dos representantes dos movimentos sociais e organizações não governamentais no debate acerca do profissional a ser formado e das demandas da sociedade. Para tal, pensamos o seminário em diferentes momentos, como uma conferência, mesas redondas, grupos de trabalho, rodas de diálogo e plenária final.
A presente convocatória tem por objetivo apresentar a programação definitiva do seminário.
Resumo
da Programação
Horário
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03.07.13
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04.07.13
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05.07.13
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08:00 – 8:30
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Credenciamento
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08:30 – 9:30
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Abertura
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Grupos de Trabalho
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Rodas de Diálogo
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09:30 – 10:00
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Intervalo café
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10:00 – 12:30
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Conferência
I
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Grupos de Trabalho
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Rodas de Diálogo
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12:30 – 14:00
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Intervalo almoço
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14:00 – 15:30
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Mesa
Redonda I
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Grupos de Trabalho
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Plenária
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15:30 – 16:00
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Intervalo café
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16:00 – 18:00
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Debate
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Grupos de Trabalho
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Plenária
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17:30 – 19:00
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Intervalo jantar
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19:00 – 21:30
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Mesa
Redonda 2
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Atividade cultural
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Reunião GT Educação em Agroecologia/ABA
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Conferência
e Mesas Redondas
No
primeiro dia do seminário será realizada uma conferência e duas mesas redondas.
São elas:
Conferência
- Complexidade e
Agroecologia: um diálogo pertinente
Objetivo: Apresentar os desafios para
a educação em Agroecolologia na perspectiva da complexidade.Conferencista: Alfredo Pena – Vega/- Ecole dês Hautes Etudes en Scienses Sociales/France
Mediador: Francisco Roberto Caporal/NAC-UFRPE
Mesa
Redonda I - Complexidade,
interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e a Educação em Agroecologia
Objetivo: Aproximar a Agroecologia de
outros campos do conhecimento e identificar suas possíveis interfaces.
Palestrantes:
- Américo Sommerman – CETRANS/USP
- Carlos Rodrigues Brandão - UNICAMP
- Dirce Encarnacion Tavares – GEPI -PUC/SP
Mediador: João Carlos Costa Gomes – Embrapa Clima Temperado
- Américo Sommerman – CETRANS/USP
- Carlos Rodrigues Brandão - UNICAMP
- Dirce Encarnacion Tavares – GEPI -PUC/SP
Mediador: João Carlos Costa Gomes – Embrapa Clima Temperado
Mesa
Redonda 2 - Formação
e perfil profissional em Agroecologia e as demandas da sociedade
brasileira
Objetivo: Abordar a importância da formação em Agroecologia no atual contexto brasileiro e analisar o processo de inserção da Agroecologia nas instituições de ensino com criação de cursos, núcleos, grupos de pesquisa e extensão, disciplinas, etc. bem como discutir os avanços e dificuldades dessas iniciativas à luz de experiências concretas. Também se pretende propiciar um espaço de diálogo com movimentos sociais e ONGs acerca da formação e perfil dos profissionais que estão sendo demandados.
Palestrantes:Objetivo: Abordar a importância da formação em Agroecologia no atual contexto brasileiro e analisar o processo de inserção da Agroecologia nas instituições de ensino com criação de cursos, núcleos, grupos de pesquisa e extensão, disciplinas, etc. bem como discutir os avanços e dificuldades dessas iniciativas à luz de experiências concretas. Também se pretende propiciar um espaço de diálogo com movimentos sociais e ONGs acerca da formação e perfil dos profissionais que estão sendo demandados.
- Alexandre Henrique Bezerra Pires/Centro Sabiá
- Aparecida do Carmo Lima/MST
- Valdo José Cavallet/UFPR Litoral
Mediador: Jorge Roberto Tavares de Lima/NAC-UFRPE
O currículo dos palestrantes poderá ser visualizado em : //sneagroecologia.blogspot.com.br/
Grupos de Trabalho
Os
GRUPOS DE TRABALHO serão formados pelos autores dos textos/relatos selecionados
pela comissão técnica e acontecerão no segundo dia. Nos Grupos de Trabalho
serão discutidas as experiências de Educação em Agroecologia quando debateremos
a fundo os princípios e diretrizes da Educação em Agroecologia.
No terceiro dia acontecerão as RODAS DE DIÁLOGO têm o objetivo de serem espaços de troca de experiências, de aprofundamento de temas específicos da Educação em Agroecologia e de construção participativa. As rodas de diálogos previstas podem ser vistas na 2ª Convocatória.
Neste dia também acontecerá a PLENÁRIA FINAL onde serão debatidos os resultados dos Grupos de Trabalho.
No terceiro dia acontecerão as RODAS DE DIÁLOGO têm o objetivo de serem espaços de troca de experiências, de aprofundamento de temas específicos da Educação em Agroecologia e de construção participativa. As rodas de diálogos previstas podem ser vistas na 2ª Convocatória.
Neste dia também acontecerá a PLENÁRIA FINAL onde serão debatidos os resultados dos Grupos de Trabalho.
Espaço
Livre
O ESPAÇO LIVRE acontecerá durante todos os dias do evento e será
organizado para a apresentação de pôsters de experiências de Educação em
Agroecologia, para visitação livre. Quem tiver interesse em um pôster neste
Espaço deverá informar a comissão organizadora através da ficha de inscrição.
Cronograma
- 15
de abril a 22 de maio/2013 - Prazo para pedido de inscrições e envio dos textos
e cadastro da experiência no sistema Agroecologia em Rede;
- 30
de maio/2013 - Prazo para a divulgação do resultado da seleção dos textos;
- 03
de junho a 15 de junho/2013 - Efetivação das inscrições pelos participantes.
Hospedagem
e Alimentação
Os
custos da hospedagem e da alimentação dos participantes com textos selecionados pela Comissão técnico-científica serão por
conta do evento.
Contatos
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